segunda-feira, 1 de julho de 2013

Ai, que peninha...

     Olá, meninas!!!

     Tudo bem??? E aí? Protestando muito?? E o movimento? (É sen-sual...O movimento é sé-qui-çi... rs) Bem, o post de hoje é um post-manifesto, mas não contra a situação do país, mas sim contra a cara de pena, de dó e de piedade que lançam para nós quando descobrem que tratamos (ou estamos tratando!) um câncer.


     Vou parecer amarga com quem nunca passou por isso, vou parecer insensível, vou parecer uma mala, mas... Sinceramente?? Não estou nem aí! Simmm, porque hoje penso mais em mim. Tipo L´Oreal mesmo. E que vocês também sejam mais assim, viu? Ai, ai, ai. 

     Vamos ao que interessa? Porque resolvi escrever sobre isso tanto tempo depois de ter acabado o tratamento? Porque parece que depois que você tem um câncer, parece que você passou a ser um tipo "especial" de pessoa, você virou "A" sobrevivente. Você tem a saúde mais frágil, sabe? Você pode deixar furos mais facilmente, afinal... Você teve câncer, né? Imagina... 


     A pergunta que não quer calar... Mas por que esse "preconceito" contra o câncer??? Quando você descobre que é hipertenso, por acaso alguém te olha com essa cara de dó??? E diabetes?? (Fora parar de comer açúcar, o que para mim já seria uma pré-morte... Simmmmmm, quem me conhece sabe como sou formiga e chocólatra sem solução!). Pior: e você que fuma??? Podem te olhar com cara de raiva, torcer o nariz, tossir, masss... Ninguém olha com cara de "aaai, tadinha, vai morrer...". E se você pega estrada?? Sua mãe pode ficar preocupada, pedir para você ligar assim que chegar, massss... Jamais você receberá uma cara de "aaah, coitada... Tão jovem...". Pois é... E por que esse preconceito contra quem passou por uma m... dessas??? Poxa, vamos refletir e rever nossos conceitos?


Segue abaixo as principais causas de morte, segundo a OMS:

     Foi fácil??? NÃOOOOO! Foi F...! Pra c... ao cubo!!!! Revi a vida. Tive medo de morrer??? Claro. Mas me dei conta que para morrer basta estar vivo. Bala perdida pode acontecer comigo, bater com o carro, escorregar da escada... Tudo pode acontecer, o negócio é viver da melhor forma possível. Para mim e para os outros. Ser feliz quando der, aproveitar a vida sempre. Mas eu não fiquei legal e gente boa só porque eu tive câncer. Mudei? Sim. Mas estou bem. De verdade. Não precisa da cara de dó. E você que está aí sentado sem se mexer e comendo fritura? Hummmm, ai que dó... 

     Beijos!!!!!!!!!! E um viva à vida saudável!

9 comentários:

  1. Linda da minha vida!
    Tirou as palavras da minha boca!
    Adoro-te

    Monique

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  2. Tal e qual... è isso mesmo.
    Mas quer saber? Deixei de me preocupar com isso...
    Às vezes até acho engraçada a maneira incrédula como as pessoas me encaram quando eu me apresento feliz e produzida...
    Parecem pensar: "Ela é louca!".
    E sou. Sou uma louquinha pela vida.
    Beijinho, Marina.
    Momentos felizes estão a chegar...

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Valeuuuu!!!!!! Marina você Mega Certa
    Bem! eu tenho dó de quem tem dó de mim rss é sinal que ainda não aprendeu a viver.
    Beijos enormes
    Sol

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  5. Perfeitoooooo, amore mio!!!!!!
    eu simplesmente o-dei-ooooooooooooo aquela carinha de "ah...coitadinha...tão joveeem"...ou aquela que acompanha a fatídica pergunta "mas tu tem filhos???", como se o câncer fosse a sentença de que a vida acabou de se anular...
    Só que não!!!!!! A partir do câncer minha vida começou a acontecer, de FATO! Passei a dar valor para coisas que passavam despercebidas, passei a ME olhar, a ME valorizar, a ME enxergar!
    Aprendizados que muitos "normais" nem se quer pensam em praticar...
    A vida PULSA FORTE e LINDA em nós!
    TE AMO!!!!!!!
    Beijos,
    Sa

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  6. Tudo que eu precisava ler para entrar de cabeça nesse mundo novo que me espera.
    Tenho encontrado medicos no meu caminho que me dão a maior força. O historico que carregamos dessa merda é muito negativo mas os médicos ja não encaram assim.
    Minha ginecologista disse que acharia pior se eu tivesse descoberto uma diabetes.
    To tentando encarar da melhor forma possivel, me alimentando em blogs como o seu.
    Ja decidi que vou ser ignorante no assunto e só seguirei as recomendações médicas. Google, livros? Nem pensar.
    Decidi que não serei estatistica, só se for de historia de sucesso.
    Esse papo de porcentagem de cura? Baseado em que?
    Não, eu que sempre fui antenada vou ser alienada.
    Não estou doente, estou com um probleminha chato mas que vai se resolver, como tudo na minha vida.
    Vou me alimentar de historias de sucesso e fé, e assim vai dar tudo certo.
    Espero contar com seu apoio e das meninas de sucesso que estao por aqui
    Bjs

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  7. Olá, só queria dizer que este foi o melhor blog que li sobre câncer ( não que eu leia muitos, estava procurando informações sobre o tamoxifeno e encontrei você. Já fiz a quimio, mastectomia com reconstrução a um mês e no final de setembro vou "calibrar" o peito.....vou começar o tamoxifeno e estava buscando sobre as diferenças entre ele e o zoladex, que tomei durante a quimioterapia, qual você achou menos ruim?
    Obrigada e parabéns.

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  8. Oi

    Adorei a forma como trata o câncer...
    Recebi o diagnóstico esses dias.
    Fiz um blog também e gostaria que me ajudassem a divulgar...sinto uma vontade estranhíssima de estar em contato com pessoas que passaram ou passam a mesma coisa que eu...pq será? rsrsrsr
    beijo a todas...tamujunta :)

    http://naguerracontraocancerdemama.blogspot.com.br/

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  9. Parabéns por este blog, Marina. É isso mesmo... Viver é um risco danado! Desde o dia que nascemos estamos na corda bamba! A qualquer hora, qualquer um ser vivente, pode morrer... por qualquer motivo, inclusive de câncer! Temos que cuidar para que este preconceito cultural em relação ao câncer não seja veladamente transformado em preconceito dirigido para quem viveu ou vive a situação. Neste caso estamos falando de CRUELDADE, uma doença muitas vezes pior que qualquer câncer!!!

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