quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Se chorei ou se sofri...

     Olá, meninas!!!

     Tudo bem?? Comigo tudo caminhando. Acho que essa época do ano me deixa mais tristonha mesmo, mas vai passar.

     Esse ano foi o ano da mudança. Muitas coisas aconteceram, muitas transformações, reconhecimento, decepções, alegrias... Nem sei bem o que quero escrever hoje, mas vou sair colocando aqui... Como no Reveillon não pretendo mexer muito em computador, esse texto meio que fica como uma retrospectiva 2013, o ano da virada. 

     Começou tudo bem, achando que a vida ia mudar. Ia mudar de cidade, largar o Rio para trás. De repente, num telefonema tudo mudou. Não ia mais sair do Rio, não estava mais com aquela pessoa. Levei um susto, mas vida que segue. Da tristeza juntei forças e foquei no trabalho. 

     
     Voltei a trabalhar antes do que imaginava. Continuei na cidade que tanto amo. Conheci pessoas mais do que especiais. Voltei a ser médica. Voltei a estar do outro lado da maca, mas sem nunca esquecer o que passei. Não vou dizer que agradeço ter tido câncer, mas se ele me trouxe algo de bom, foi descobrir o prazer de escrever, me permitir ter um novo olhar sobre a vida (e a medicina) e  ter conhecido certas amigas que ficarão para sempre. 

     Aproveito esse texto para agradecer muito aos meus novos amigos de vida e de trabalho. Gostaria muito de agradecer à Debora, ao Luiz Eduardo e ao Severo por terem me dado a chance de recomeçar na medicina. Dois anos parada e com medo de levar tanta picada/furada/remédio tinham me deixado meio sem saber como lidar novamente com os pacientes, como mudar de lado de novo. Com a paciência e o carinho deles, voltei. Aos trancos e barrancos, mas voltei. Quero muuuuito agradecer também às minhas amigas enfermeiras que têm tanta paciência comigo e sempre me dão palavras de apoio no momento de chororô (ordem alfabética para ninguém ter ciúme né, Livia? rs): Audrey, Jessica Lima, Jessica Lopes, Juliana, Livia... Vocês nem imaginam como ter vocês por perto me faz bem. Entendi na pele o porquê de vocês terem escolhido a profissão do CUIDAR. Ninguém como vocês para cuidar tão bem de alguém. Só uma coisa a dizer a cada um de vocês citados: se ferraram, vou perturbar vocês pelo resto da minha vida. Lu, te adoro, disso vc já sabe. Amiga para a vida de inteira, dessas de infância e que ficam para sempre. 

     Ahá, e se vocês acham que a vida é feita só de trabalho... Nananinanão. Acho que esse ano teremos novidades no campo do amor (agora falei que nem astrológa!!!). Bom reencontrar pessoas que nos fazem/fizeram bem, mas que sabe-se lá porquê a vida separou. Bom reencontrar essa pessoa e ter maturidade para perceber o bem que ela me faz. E vamos ver no que dá. Mas como diz a filósofa Anitta (Ou escreve que nem o vermífugo?): "olha, você me faz tão bem... só de olhar teus olhos, BABE (quem chama alguém de baby, nesse meu Brasil varonil, MEODEOS?), eu fico zen..."


     E é isso... Começou uma meleca, terminou bem. Reconstruí o mamilo. E acho que essa fase cirúrgica acabou. Vida que recomeça, e sem trocadilhos, se reconstrói. E vamos ser felizes. Que venha 2014... #imaginanacopa #2014chegou... Aeeeeeeeeeeeeeee!

    Beijooossss!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Medo

     Olá, meninas!
     Tudo bem? Comigo tudo tranquilo. Meio cansada de tanto trabalhar, mas sempre que começo a reclamar, penso no que já passei e volto a agradecer por estar viva.

     E por falar em estar viva, esses dias atendi um paciente grave e percebi como a proximidade da morte incomoda a todos. Não vou falar que morrer seja legal, que perder um ente querido seja a coisa que a gente espera, mas acho que precisamos aprender a lidar com a morte e com a possibilidade dela de uma forma mais tranquila. Percebi que as pessoas se afastam de quem está doente, não por maldade ou insensibilidade, mas por não saber como agir...

     Aí me dei conta de porquê muitas pessoas se afastaram de mim quando eu estava doente. Não foi por maldade, não foi por serem ruins ou não estarem nem aí para mim, mas porque na maior parte das vezes, as pessoas simplesmente têm medo de não terem o que dizer, não saberem se expressar, têm medo de encarar a morte do outro e isso lembrá-las de que ninguém está livre disso. Se temos uma certeza na vida, é essa: sim, vamos morrer. De verdade. Não sabemos quando, nem como, mas... Vai acontecer com todos. Não temos que nos afastar de quem está doente. A morte muitas vezes vem do nada, e ninguém mesmo sabe quando vai ser. Não sabe o que dizer? Fica junto. Não sabe como agir, dã a mão. O toque, o olhar funciona mais que mil palavras na maior parte das vezes.

     Dê amor. Funciona sempre.

     Beijos em todas!

     

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Porque um dia você vai mudar de lado...

       Olá, meninas!

     Para variar, um título meio bizarro. Mas vou explicar logo: saí do lado "paciente" e fui para o lado "acompanhante". E sim, ele pode ser tão cansativo quanto. 

     Minha mãe passou mal esses dias. Nada de emocionante, mas mãe é mãe, vocês sabem. Ela teve uma dor de cabeça e como boa cabeça-dura que é, foi sozinha ao hospital. Começa aí o "outro lado".

     Quando é você quem está doente, você não tem muito o que fazer a não ser enfrentar o tratamento. Não tem muita opção: ou é isso ou morrer. E a não ser naqueles dias de "deprê master blaster plus", a opção MORRER está sempre fora de cogitação. O jeito então é encarar o tratamento que for e seguir em frente. Nunca me considerei a guerreira por isso. Na verdade, não tinha outra opção. Não fui heroína. Qualquer um no meu lugar faria isso. Alguns com mais bom humor, outros com menos, mas todos encaramos cirurgias, quimio, efeitos colaterais e afins. Massss, vamos voltar ao lado "acompanhante"!



     Como é difícil ter medo do que pode acontecer com quem a gente ama, né??? Nossa, acho que nesse momento tive um pensamento mega egoísta do tipo: "ufa, ainda bem que fui eu que fiquei doente!" Ficar do outro lado esperando resultado de exames, tendo que aguardar em salas de espera por notícias, conversar com médicos (nessa hora esqueço os anos de faculdade e trabalho!) e pensar em quais decisões tomar é beeem mais difícil do que ficar doente e receber o tratamento. Na boa. E nessa eu aprendi mais uma coisa: entender o que quem me ama, passou... Deve ter sido difícil para caramba! E mais uma vez aprendi uma lição: temos que tentar nos colocar no lugar do outro SEMPRE. Só assim podemos agir melhor e entender o sentimento (e atitudes) alheio. E facilita para todo mundo. Sei que isso tem um nome em psicologia, mas tô com preguicinha de dar uma "googlada". Foi mal, tá?

     Mas como tudo tem uma parte engraçada. Vamos a parte "sala de espera". Hoje era o dia da ressonância de revisão. Acabou que o lugar onde tinha horário mais perto, era exatamente aonde fiz minhas ressonâncias. Trauminha... Barulho bizarro, lembranças ruins dos dias logo após o diagnóstico. Minha mãe entrou e eu vagando nas minhas lembranças... Até que... Criancinha começa a gritar. Beleza, super entendo. Se eu, adulta, quando me via perto de entrar naquele túnel sem graça, me via com vontade de gritar, que dirá uma criança. Perdoei e compreendi. Apesar de achar que aquela mamãe fofa podia tentar dar uma educada no seu pimpolho. Mas vá lá. Nada que atrapalhasse minha leitura da Claudia de 1967 e da Veja de 1978. Aí sim, você vê que nada está tão ruim que não possa piorar. Sala lotada, tiozão de óculos escuro se achando, senhora reclamando que o exame DELA está atrasado, mocinha estilo periguete senta ao meu lado. Perfume de 5a (6a, sábado E domingo). Mas isso não era o suficiente para tornar aquela experiência revolucionária. Ela pega uma balinha e tasca na boca. Impressionante os sons que uma simples boca é capaz de fazer. Escrevi um post no Facebook e deixei bem visível para que ela lesse. Deve ter lido, porque mudou de cadeira, massssssss.. PEGOU OUTRA BALA e fez ainda mais barulho. Só uma coisa a dizer: saudades do toin, toin, pioonn, pionnn, ta, ta, ta... da ressonância. Ah e quero uma máquina que nem essa da foto!



     Muitos beijos e, por favor, me digam que não sou chata! :) Mas que vocês também detestam barulho de "boca"...


     

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Ai meu São Zoladex...

     Olá, meninas!!! Beleza??

     Estou meio sumida, né?? Me prometi nunca mais me matar de trabalhar depois de passar pelo que passei, mas, mas... A vida vai voltando ao normal (Graças a Deus!) e quando você vai ser, só lembra que passou pelo que passou quando chega a época de marcar exames...

     No meu caso, ainda lembro algumas vezes quando vou tomar o letrozol (meus ovários se animaram MOOOOOOITO com o tamoxifeno) nosso de cada dia e quando vou tomar o querido Zoladex. Affff, esse sim... Vai dar efeito colateral chatinho lá na casa do chapéu!!!



     Estou indo para a 24a dose do Zoladex. Aí você vai se perguntar: mas precisa disso tudo?? Bem, cada cada é um caso, e nesses tempos de internet é difícil não se questionar de porque o tratamento de uma é diferente do da outra. Vamos lembrar: cada organismo reage de uma forma, existem vários tipos de câncer, estadiamento, reações... Então, dica de hoje: acredite e confie no seu médico. Tem dúvidas? Pergunta para ele. Internet é bom para alertar a gente, para a gente se informar, mas a relação de confiança maior tem que ser com seu médico. Não confia? Troca.

     Mas esse post nem é para falar da relação médico-paciente, né?? Essa merece um post inteirinho... Estou aqui para desabafar sobre o Zoladex!

     Primeiro, meu querido Zola (chique!) você realmente precisava ter esse tamanho de agulha??? Por mais que as enfermeiras tenham mãos de fada, não tem como não machucar enfiando um tubo de PVC na barriga de ninguém... (deve ter até ter as patinhas do tigre...). E as manchas roxas? Poxa, pega mal ter tanta mancha roxa na barriga. Devem achar que namoro um tarado.

     Ha ha ha Tarado? O cara tem que ter muita disposição mesmo. Vontade de tchu-tcha-tcha? Quase zero. Haja criatividade e paciência... E a secura? Chove no sertão, mas nos "países baixos"... uiiii... Dersani salva!

     E as dores? Olha, doi. Sei lá se é culpa dele, mas doi... Em alguns dias é uma dor generalizada. Parece que cada ossinho está sendo amassado. A vantagem? Passa!

     E por falar em ossinhos. Hello, Osteoporose com menos de 40... Bem-vinda vitamina D e cálcio!!! E sol e exercício... Esse tá difícil... Dá uma preguuuuuiça!

     Falando em preguiça??? E o sono???? Esse se foi para nunca mais voltar... (à noite, né? Porque de dia... uhuuu... Tamu junto no bocejo). E mais um remedinho para dormir...

     Mas sabe do que mais??? Se for para essa meleca não voltar, minha pancinha estará à disposição para sempre... Viro uma Ursinha Carinhosa da pancinha roxa sem problemas.


     E você? O que sente??

     Muitos beijos!!!!!!!!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Mamilos polêmicos

     Olá, pessoal! 

     Tudo bem? Cá estou eu de novo... Falei que ia tentar ser mais frequente? Pois bem, por enquanto estou cumprindo (vamos ver até quando o trabalho permite...).

     Estou naquela fase meio chata de pós-operatório, se é que vocês me entendem... Depender dos outros para tomar banho, secar cabelo, pegar pote de açúcar na parte mais alta do armário... Mas, não estou escrevendo para desanimar ninguém... Muito pelo contrário! Hoje consegui visualizar melhor a reconstrução do mamilo! E está lindo! Muito bom mesmo! Para quem viveu quase dois anos com a sensação de que tinha passado pela mão de um estagiário que não sabia mexer no Photoshop, foi a alegria suprema: tenho dois mamilos de volta! Tudo bem que com essa moda de fotos "mexidas", já teve modelo sem umbigo, sem braço e tal, massss... Prefiro assim!


     E esse post é para você que está naquela fase em que pesa a dúvida, faço ou não faço a reconstrução?? "Poxa, já passei pelo câncer, o resto é besteira..." Vai por mim, não é!! Reconstruir faz um bem danado para a cabeça, parece que a vida voltou realmente ao normal, sabe? Tá com medo de ser submetida a uma nova cirurgia? Deixa de bobeira: o pior já passou! Vai fundo! Estou junto com você nessa!!

     E se você ainda está no começo dessa luta, não desanima! Logo, logo você vai estar pesquisando sobre isso! E a vida vai voltar ao normal. Garanto! :) 

     Mil beijos em todas e um ótimo fds.

     P.S. esse fds vai acontecer o III Encontro Das Amigas do Peito, em BH. Não estarei lá fisicamente, exatamente por estar nessa fase de pós-operatório, mas estarei lá em coração. Muito bom encontro para  todas as meninas, sintam-se abraçadas! Amo vocês. Obrigada por tudo! Quer participar do grupo? Procurar por Amigas do Peito no Facebook. Qualquer dúvida, só perguntar! :)


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Eu volteiii!!!

     Olá!!!! Quanto tempo, hein??? Mas, eu volteeeei! Vim dar notícias e tentar não sumir mais... Poxa, sempre ficava triste quando via que as pessoas sumiam dos blogs quando ficavam boas (não por elas estarem boas, mas por querer ter aquela esperança de que elas continuavam boas...), e pelo trabalho e a vida voltando ao normal, acabam tirando esse tempo de parar e escrever... Vou tentar ser mais regular. Prometo!

     Bem, vamos às novidades. Estou trabalhando muuuuuuuuuuito. Mas muito mesmo. Lição número 1: não quero mais me matar de trabalhar assim. Quero trabalhar, claro! Foi uma das coisas que mais senti falta, mas não me matar. Lição 2: colocar a saúde em primeiro lugar. E vou fazer isso!

     Fiz a reconstrução do mamilo há 1 semana. Era para ser a cirurgia mais tranquila... E de verdade ela é... Afinal, não é tirar nada da gente. A gente pega um pedacinho da virilha e coloca no seio que estava sem mamilo. Doi? Um tiquinho. Mas acho que minha cabeça que foi o pior. Cansei, esgotei de ficar dependendo dos outros. Já estava naquele ritmo frenético de acorda cedo-trabalha-pega trânsito-volta para casa tarde e de repente me vi na cama de novo, presa... Foi ruim... Mas encaro como sendo o "ponto final" e vai passar.

     Vou escrever pouco, porque ainda estou na fase de recuperação e de não poder mexer muito no note. Mas, que seja um recomeço até nisso!

     Muitos beijos em todas!!! Estava com saudades!!!!!!!!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Ai, que peninha...

     Olá, meninas!!!

     Tudo bem??? E aí? Protestando muito?? E o movimento? (É sen-sual...O movimento é sé-qui-çi... rs) Bem, o post de hoje é um post-manifesto, mas não contra a situação do país, mas sim contra a cara de pena, de dó e de piedade que lançam para nós quando descobrem que tratamos (ou estamos tratando!) um câncer.


     Vou parecer amarga com quem nunca passou por isso, vou parecer insensível, vou parecer uma mala, mas... Sinceramente?? Não estou nem aí! Simmm, porque hoje penso mais em mim. Tipo L´Oreal mesmo. E que vocês também sejam mais assim, viu? Ai, ai, ai. 

     Vamos ao que interessa? Porque resolvi escrever sobre isso tanto tempo depois de ter acabado o tratamento? Porque parece que depois que você tem um câncer, parece que você passou a ser um tipo "especial" de pessoa, você virou "A" sobrevivente. Você tem a saúde mais frágil, sabe? Você pode deixar furos mais facilmente, afinal... Você teve câncer, né? Imagina... 


     A pergunta que não quer calar... Mas por que esse "preconceito" contra o câncer??? Quando você descobre que é hipertenso, por acaso alguém te olha com essa cara de dó??? E diabetes?? (Fora parar de comer açúcar, o que para mim já seria uma pré-morte... Simmmmmm, quem me conhece sabe como sou formiga e chocólatra sem solução!). Pior: e você que fuma??? Podem te olhar com cara de raiva, torcer o nariz, tossir, masss... Ninguém olha com cara de "aaai, tadinha, vai morrer...". E se você pega estrada?? Sua mãe pode ficar preocupada, pedir para você ligar assim que chegar, massss... Jamais você receberá uma cara de "aaah, coitada... Tão jovem...". Pois é... E por que esse preconceito contra quem passou por uma m... dessas??? Poxa, vamos refletir e rever nossos conceitos?


Segue abaixo as principais causas de morte, segundo a OMS:

     Foi fácil??? NÃOOOOO! Foi F...! Pra c... ao cubo!!!! Revi a vida. Tive medo de morrer??? Claro. Mas me dei conta que para morrer basta estar vivo. Bala perdida pode acontecer comigo, bater com o carro, escorregar da escada... Tudo pode acontecer, o negócio é viver da melhor forma possível. Para mim e para os outros. Ser feliz quando der, aproveitar a vida sempre. Mas eu não fiquei legal e gente boa só porque eu tive câncer. Mudei? Sim. Mas estou bem. De verdade. Não precisa da cara de dó. E você que está aí sentado sem se mexer e comendo fritura? Hummmm, ai que dó... 

     Beijos!!!!!!!!!! E um viva à vida saudável!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

17 de junho... Acorda, Brasil!

     Olá, meninas!

     Sei que meu blog é sobre câncer, mas hoje não poderia ser só sobre isso. Hoje quero escrever sobre a sensação do país estar acordando. Apesar de parte da mídia querer manipular as informações, com as redes sociais, tudo está mudando. E tenho a sensação de que é para melhor. 

     Não foram os 0,20 centavos. Acho que boa parte da revolta foi por perceber os milhões gastos em estádios, em shows disso, shows daquilo, na roubalheira... Enquanto pessoas morrem nos hospitais (quando chegam neles), crianças nem estudam (e quando estudam, chegam ao ensino médio sem saber ler ou sequer somar...), levamos horas para ir e voltar para o emprego (quando temos), pagamos impostos demais (5 meses de trabalho vão para o governo) e era para estarmos achando tudo legal porque vamos sediar a Copa????

                                                           Foto: Fabiane Medeiros

     Os estádios estão lindos? Podem estar. Fui ao Maracanã na inauguração dele. Sinceramente? Não sou engenheira civil, mas não consegui ver onde gastaram tanto dinheiro. E na boa? Pensei na hora no posto de saúde onde trabalho, no HUPE, e em tantos hospitais públicos por onde passei...  Lembrei dos pacientes para os quais pedia exames, prescrevia medicamentos e eles voltavam e me diziam: "Não consegui!", "Estava em falta", "Só daqui a 3 meses!"... E o Maracaná lá... Lindo, com uma cobertura que vai aguentar uns 5 anos no máximo (igual ao Engenhão...). É errado termos um estádio lindo? Não. Mas não acho certo pensarmos nisso enquanto pessoas passam fome (e sede!) no nosso país.


     A revolta estava dentro de todos nós. Ao menos nos que têm um mínimo de compaixão com o próximo. Mas onde reclamar? Como reclamar? Era na eleição, tentar votar diferente, mas faltava mais. Acho que agora ainda falta muito, mas já estamos mais perto do que estivemos antes. Vamos mudar. E para melhor!

     Vamos nessa? Beijos! 

     

sábado, 15 de junho de 2013

Metas

     Olá, meninas!

     Tudo bem? Estou por aqui de novo... Nem era para estar, mas uma estafa me fez não trabalhar esse fds. Simmmm, depois de tudo que eu passei, acho que não aprendi ainda a não me dedicar tão de cabeça ao trabalho e estafei... Nem tive um piripaque físico, mas a cabeça deu tilti... Nem surtei, nem tive síndrome do pânico, mas estava meeeeeeeeega master blaster plus irritada... E como não sou assim, meus queridos amigos me deram uma folga e trocaram o fds no qual eu trabalharia e cá estou...

     Depois de ter passado pelo perrengue master da minha vida, achei que ia mudar... Mas sabe aquela coisa básica do ser humano??? Pois é... Eu tenho a mania de esquecer o que me fez mal... Por um lado isso é ótimo, sou quase zero rancorosa. Esqueço quem me fez mal, o que me fez ficar triste e toco a vida. Se isso  pode ter seu lado positivo, me faz repetir certos erros... Um desses é me enfiar demais no trabalho. Me dedico muito e sofro quando as coisas não estão 100% do modo que eu queria... Masss... Vi que não pode ser assim. Nada de fingir achar o máximo ser workaholic. Não é! Quero é ser feliz. E relaxada.

     Lembram que tracei metas para uma vida melhor? Não??? Nem eu... Acho que já tinha esquecido delas, mas essa semana ouvi uma pedido: "Trace 3 metas para cumprir até o final do ano!". Pensei, pensei... E vi que nem eu sei o que eu queria de verdade... Vim escrever aqui para ver se nasce ao menos um pensamento inicial do que quero para mim... 

- Quero viajar. Uma viagem dessas para mudar a vida. Nada de mosteiro no Tibet, Caminho de Santiago (ainda!! Chego lá!), mas uma viagem para pensar em mim. Momento Marina-egocêntrica (egoísta nunca!)

- Incluir de vez atividade física na minha vida. Ao menos 4x/semana. Preciso. E que uma delas seja algo relaxante. Ideias?

- .... (pensei, pensei...e não sei minha 3a meta). Escrever um livro? Fazer prova para o doutorado? Ser saudável... Simmmmmmmm! Ter saúde e correr atrás para que isso se mantenha! :) Coloquei um alarme no celular e me obrigo (tentoooooo!) comer de 3 em 3 horas. Bebo mais água e nuncaaaaaaa esqueço meus remédios. Nunca mesmo! Já é um começo, né?

     Bem, e para semana que vem... Começar arrumando o armário é uma boa, né? :) 

     E vou cumprir as metas... :) E vocês? Quais as suas? 

     Beijossssssssss e ´bora curtir o sábado chuvoso com fondue de chocolate! aeeeeee!!!

     

sábado, 8 de junho de 2013

Faxina!

     Olá, meninas!!!!

     Tudo bem?? Comigo tudo tranquilo, fora a decepção de querer estar em SP para o I Encontro de Blogueiras de Saúde, mas por causa do trabalho, estar aqui...

     Como para tudo tem um lado bom na vida, resolvi ficar feliz por estar impossibilitada de viajar pelo trabalho e não pela saúde... E isso já me fez sorrirrrrrrr! Sim, virei Pollyana. Na maior parte do tempo, tento me manter assim e tem dado certo. Li dois livros recentemente (sempre gostei de ler e essa foi outra vantagem do período reclusa: voltei a ler. Se antes era só medicina, agora incluo qualquer livro na minha vida... Nunca me arrependo!)... Mas voltando aos livros: Subliminar e Inteligência Positiva. Leiam e vejam como nosso pensamento realmente tem poder. Nem é essa parada de O Segredo (respeito quem acredita, e até acho que temos que acreditar e pensar positivo sempre... Mas forçadinha de barra, vai...), mas pensamento positivo nos faz liberar só coisas boas... E coisas boas atraem coisas boas...


     E esse blablabla todo para dizer que mesmo não viajando, fiquei feliz em casa e resolvi aproveitar o fds de semi-folga (não vou ao hospital, mas ficarei fazendo planilhas para ele... Salve, Excel e SPSS!) para colocar a bagunça em dia: fiz faxina e chamei o pessoal da Net. Sabe aquela coisa que você vem empurrando há mesesssssss??? Pois é... Vou colocar TV no quarto, troquei o plano... Peito novo, vida nova!

     E... FIZ FAXINA! Para os reles mortais, passar sábado fazendo faxina seria um saco... E é. Para quem passou por um câncer e entra naquela de "preciso curtir ao máximoooo a vida", também. Mas... Quando me vi passando o pano láááá no alto me veio aquela coisa na cabeça: "Nossa, há pouco tempo isso era impossível!" E isso me fez feliz. Obrigada Nossa Senhora do Veja, Santa Rita do Sapólio e Santo Bombril das Mãos Calejadas. Minha casa agora está cheirosa e FUI EU QUEM FIZ! :)



     Semana que vem juuuro que tento atualizar as news... Tô na pista para negócio, 1o dia dos namorados alone-by myself sozinha em muuuuuuuuuitos anos... Que Santo Antonio olhe por mim! :) Tem algum primo, amigo, irmão BBR (bom, bonito e rico?). Cartas para a produção. rsrsr Tô brincando, viu???? Estou curtindo moooooooooooooito minha casa sozinha! Ops, sozinha, não... Com o Chico! :) 

     P.S. Descobri como não ter crise de asma e rinite mesmo sendo alérgica a gatos: aspirador. Santo Electrolux do Pelo Aspirado! 

     Aff, to prolixa de novo. Beijoooooooooooooooos!!!!

domingo, 26 de maio de 2013

A roda gigante

     Olá, meninas!

     Ando sumida, né? Toda hora penso se vale a pena fechar ou não o blog, vejo que estou largando taaaanto o "bichinho", que estou deixando taaanto o pobrezinho de lado, que fico achando que o melhor seria colocar um "The End", deixando as postagens antigas, porque elas fazem parte da minha história e quero deixá-las aqui para, quem sabe, ajudar mais alguém. Masss... Aí me vem uma vontaaaaaaade de escrever, e fico com dó de acabar com esse lugar que me ajudou tanto... Bem, vou amadurecendo a ideia. E aviso, viu?

     Cada vez mais o câncer vai ficando para trás, mas o medinho de passar por aquilo tudo de novo dá uns sinais de vida de vez em quando... Não adianta, acho que nunca mais serei a mesma pessoa... Mas, a medida em que o tempo vai passando, o medo vai ficando mais "espaçado" e acaba voltando com mais intensidade só quando aparece um "tilti" (até uma espinha acende a luzinha de "aaai, metástaseeeeeee!") ou na época dos exames de revisão... Nossa Senhora da Remissão, olhai por nós!!!! 


     Mas, chega de reclamar... Dando algum sentido ao título: uma hora essa roda gigante tinha que girar!!! E fnalmente eu acho que a minha cadeirinha está subindo! Estou trabalhando num lugar beeem legal, com pessoas que eu amo (antigas e novas!), estou refazendo amizades, fazendo novas, estudando cada vez mais, abrindo o consultória que eu tanto quis, planejando viagens e... fazendo luzes e comprando um secador!!!!! Aeeeeeeeeeeeee!!! Simmm, cortar os cabelos eu já tinha cortado algumas vezes (acabei me adaptando bem aos cabelos curtos, apesar de amar ter cabelos compridos), mas luzes assim e ter que secar o cabelo com secador para ficar mais arrumadinha, foi a primeira vez em 2 anos! Affff, quanta alegria! Secador de cabelo!!! Uhuuuu! E a cadeirinha está subindoooo...

     Muitos beijos E que a nossa roda gigante deixer de ser uma roda e vire aqueles teleféricos onde todo mundo meio que está na mesma linha... Afinal, não precisa estar ninguém lá embaixo, para a gente estar lá em cima, não é??? :)

P.S. além disso tudo reformei a casa e adotei um gato!!! Se eu já era cachorreira, agora também sou gateira! :))))

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A vida ensina

    Olá, pessoas!

    Ando sumida, né??? Beeeem, sumida... Muitas vezes penso em fechar esse blog, virar a página, ir deixando o câncer no passado, mas reflito sobre como ficava meio chateada de quando eu ia ler blogs sobre o tema e eles eram só sobre o período de tratamento. Entendo que a vida tem que seguir, mas não acho que eu tenha passado por essa m...toda em vão... Além de ter aprendido muito, acho que isso serve para a gente se tornar um ser humano melhor... E quer coisa melhor do que ajudar aos outros?

     Pois bem... Nesse dilema de sigo com a vida sem blog, sigo com a vida com blog, ele vai ficando por aqui... Mas, como a vida voltou com força total (GRAÇAS!!!), nem tenho tido muito tempo para escrever... Uma pena. Sinto muita falta de sair colocando meus pensamentos aqui e quem sabe, ao dividir minhas experiências, conseguir ajudar ao menos uma pessoa que seja. 

     Só que hoje sei lá por quê resolvi refletir sobre o que o câncer significa não para nós pacientes (e ex-pacientes), mas sim para quem está ao nosso redor, seja por um momento, seja para sempre. Ficamos magoadas com algumas frases ditas, com alguns olhares, com algumas conclusões. Todo mundo parece saber o que é melhor, o que devemos fazer, deixar de fazer... Passamos a ser um misto ou de "gurus", seres elevados espiritualmente ou umas pobres coitadas, com o destino traçado... As pessoas se esquecem que na verdade todos deveríamos pensar a vida de uma forma diferente e não apenas aqueles que passaram por uma situação mais difícil, de ter que encarar de frente que sim, somos mortais.

     Sim, porque todos vamos morrer, todos vamos ficar doentes, todos iremos ficar frágeis em algum momento da vida, seja por uma gripe, um "derrame", um infarto, uma pneumonia, um acidente... As pessoas morrem mais por doenças cardiovasculares, mas só quem tem câncer fica com esse olhar de piedade... Entendo o que as pessoas pensam, nem me magoa mais, nem me chateia, massss... Morrer todos vamos, e ninguém, absolutamente ninguém, sabe o dia de amanhã. Vamos ser felizes no hoje. Não adianta viver o passado pois ele já foi, nem o futuro, porque ele a Deus pertence. Se vivermos mais e melhor o agora, todos poderemos viver...

domingo, 17 de março de 2013

Cicatrizando as cicatrizes.

     Olá, meninas!

     Quanto tempo, né? A última vez que passei por aqui foi para chorar a perda de uma das pessoas mais especiais que já conheci... Mas ela mesmo me ensinava que a vida segue... E farei o que ela me ensinou: seguirem com a vida...

     Esse ano tem sido bem difícil para mim. Muitas mudanças acontecendo, voltando a trabalhar, a entrar naquela fase de fazer exames, algumas perdas beeeem pesadas, masss... Não dá para ficar deitada em casa chorando, né? Quer dizer, até dá, mas um dia você acorda e vê que a vida está lá fora só te esperando para ser feliz.

     E hoje foi um dia desses. Acordei, estava sol, meio que querendo chover, mas resolvi que o dia ia ser diferente dos últimos que tinham passado, onde eu só levantava para ir trabalhar e resolver problemas, sem aquela vontaaaade de viver, sabe? Sabe quando você sai no automático por que precisa e não por que quer? Pois bem... Hoje algo mudou...

      Ao tomar banho olhei de uma forma diferente para a cicatriz. Há 2 anos ela está aqui. Mudou de cor, de tamanho, foi refeita, mas o significado dela sempre tinha sido o mesmo: "que m..., que saco, que pena de mim mesma... Tão jovem, com um corpitcho até nem tão ruim assim, agora com essa meleca enorme aqui no peito esquerdo..." E hoje, do nada olhei para ela e vi: "Caracaaaa, sou f... mesmo!!!! Passei por muita coisa nessa vida... Muita coisa fora essa doença que me fez crescer, evoluir, chorar, regredir, sorrir, sonhar... E estou aqui!" 

     Muita gente não precisa ter esse "rasgo" no peito (e o meu é beeem do lado esquerdo...Significativo, não? Não? Ahhh, para mim é mais um simbolismo no meio disso tudo...) para captar certas coisas, não precisou passar por esse perrengue para "enxergar" muitas coisas... Bem, eu precisei... E ainda bem que hoje consegui ver que essa cicatriz não é mais sinal de uma mulher frágil e que sofreu, e sim, de uma mulher SINIXXXXXXTRA (no significado mais carioca da palavra!). E como diriam "Os Avassaladores": sou F&%#@!!!!! 



     Beijos em todas!!! I´m back!!!! rsrsrs


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Dor que não se explica...

     Oi...

     Estava sumida, né? Queria estar com a cabeça no lugar para voltar a escrever coisas boas por aqui... Minha vida estava se aprumando depois de umas reviravoltas e queria estar aqui escrevendo sobre está acontecendo na minha vida... Mas, infelizmente não é por isso que estou aqui hoje.

     Resolvi abrir de novo esse blog como uma homenagem à mulher mais forte que já conheci, a um exemplo de mulher que tive o prazer de conhecer através desse mundo virtual, a Lilian, do blog Dos Nossos Limões.

     E fica aqui uma lição para mim dessa m... toda... Nunca mais deixarei de falar NADA para ninguém, por não ter tempo, por vergonha, por nada nesse mundo. Claro que em certas circunstâncias a gente pensa um pouco, mas nesse caso, cansei de repetir o quanto eu a amava, o quanto ela era importante para mim, mas ainda acho que foi pouco... Peço licença a vocês, mas o post de hoje vai todo para ela. Lilian, de onde você estiver, que você arrume um jeito de se conectar à internet para ler essa joça.

  

     Lilian,

     Sei que você nunca gostou de ser chamada de guerreira e sempre me pediu para eu nunca deixar falar que você perdeu essa batalha, essa luta... E você não perdeu! Pode ter certeza! Você nos ensinou como lutar e lutar de frente, de cabeça erguida, como enfrentar o monstro sem nunca perder o bom humor. Mesmo nas horas mais difíceis você se preocupava com os outros, queria sempre saber como eu estava... E mesmo passando mal, queria saber de mim...

     Sabe como estou agora?? Acabadaaaa... Como nunca estive desde que essa meleca toda começou. Minha amiga do blog, que evoluiu para o Face e depois para o telefone, que me viu fazendo Yoga pelo video. Minha amiga que me fez rir mil vezes e me fez chorar só uma... Essa. E que pancada, hein??  Poxa, sei que você estava sofrendo, mas sabe aquela dor egoísta que quem ama sente? Pois é... Estou com essa dor... Não queria que esse dia chegasse nunca. Mesmo sabendo que já estava difícil demais...

     Em quem vou dar bronca por que nunca tomava os remédios? Com quem vou brigar por não estar querendo fazer a medicação na hora correta? Com quem vou ao Parys??? Quem ia ser minha vizinha?? Em quem vou dar aquele abraço?

     O Quarteto Mágica será para sempre um Quarteto. Olha para a gente aí do céu, tá?? Por falar nisso, aí é mais frio que o Rio?? (Guaíra eu já sei que conseguia ser mais quente e mais frio...). E nossa piscina?

     Amiga, sei que isso tudo ainda há de acontecer. Não sei aonde, mas vai...

     Fica bem! Estarei sempre com saudade, mas com sua vozinha doce no meu ouvido, seu sorriso na minha lembrança e suas palavras no meu coração. Te amo para sempre.








quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O primeiro biquini... A gente nunca esquece!

     Olá, meninas!

     Beleza?? Comigo tudo caminhando... Nada como um dia após o outro, né?? Minha reconstrução está ficando beleza, a cicatriz está sumindo e eu estou levantando, sacodindo a poeira e dando a volta por cima mais uma vez...

     Mas vamos ao título, né? Ai, como fico prolixa às vezes... Claro que não foi o primeiro biquini da minha vida... Sou nascida e criada no Rio, nunca ter tido um biquininho que fosse seria uma heresia... E claro que nesse período todo de tratamento eu fui à praia algumas vezes, mas desde o diagnóstico eu não comprava um biquininho... E...

     HOJE EU COMPREI!!! Um, não!!! Mas, DOIS biquinis!!!! Aeeeeee!!! Ainda não vou à praia (ou não...que meus médicos não leiam esse post aqui...), mas já queria ver como seria usar um biquini nos meus peitCHinhos novos... Afff, só quem passa por isso entende. Nada como a sensação de página virada! E lá fui eu, toda serelepe comprar biquinis novos. Fiquei olhando, olhando... Lembrando do que passei, lembrando de tudo que aconteceu, de como minha vida deu uma reviravolta... E comprar esse biquini (ops, esses...aaah, foram 2 anos sem comprar nenhum, vai...) significou a vida estar voltando ao normal. Parece besteira, né??? Pois é... Antes eu nem ligava de estar comprando mais um biquini para aquele dia na praia... Agora, tudo vira motivo para comemorar estar viva. E como foi bom poder aprender algo no meio disso tudo.

     E que muitos verões venham por aí... E que muitos biquinis ainda caibam em mim! :) E que a barriga e a celulite de todas nós sumam... kkkkk

     Beijos!!!!!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Vida que segue

     Olá, meninas!

     Estava sumida, né?? Algumas mudanças de planos na última semana me fizeram me afastar um pouco do blog, mas como tantas vezes na vida, já estou me recuperando.

     Antes que vocês fiquem preocupadas, não tem nada a ver com saúde, doença ou afins. Planos que eu havia feito, mudaram. Nem tudo na vida acontece da forma como a gente quer. Na hora podemos não entender o porquê daquilo estar acontecendo com a gente, mas mais para frente descobrimos as causas. Já consegui ter uma pista de porque posso ter tido câncer. Mas algumas questões ainda ficarão em aberto. Com o tempo acho que todas serão respondidas.

     Nem vou ficar aqui filosofando, nem falando de religião... Espero que o melhor ainda esteja por vir. A reconstrução está indo super bem, cada dia que passa parece que vai ficar melhor. Exames de rotina já estão agendados e tenho certeza que eles estarão ótimos!

     Mando mais notícias, viu??? E obrigada pela torcida!!!

     P.S. Meu querido bloguinho é finalista (TOP3) no Top Blog! Aeeeeeee!!!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Momento Horácio

     Olá, meninas!

     Cá estou eu novamente! Estão bem? Eu estou melhor e me animando cada dia mais com o resultado da reconstrução. Agora só vai ficar faltando a reconstrução do mamilo para a alegria total! Aeeeeeeeee!!!

     Masssss, ainda estou no semi-momento Horácio (lembram daquele personagem da turma da Mônica? O dinossauro fofo?)... Ainda estou com os bracinhos meio limitados, nada de movimentos bruscos, nada de levantar as mãos para cima, nada de ale-le-le-ô no carnaval, "levanta os braços e se joga"... Isso vai ficar para o carnaval que vem! E praia? Só verão que vem... Mas está tudo ótimo! O resultado vai compensar qualquer coisa!

     Estava aqui mexendo no celular e achei um bilhete para mim mesma, me lembrando de que assim que eu pudesse escrever, que eu falasse sobre certas coisas engraçadas que aconteceram nesse meu mês Horácio-master! E aí vai!

     Momento Michel Teló:
     Não sei vocês, mas eu não sou lá muito fã de sertanejo. Sei lá, deve ter sido falta de costume de ouvir, mas não curto. No dia seguinte que eu cheguei do hospital, ainda cheia de pontos e com o Roberto e o Carlos (os drenos), minha mãe me deitou no sofá. Até aí, nada de emocionante. Mas o sofá é daqueles que afunda, sabe? E nunca, jamais, em tempo algum eu conseguiria me levantar sozinha. Descoberto isso, descobri que de onde eu estava, não conseguia mudar o canal. E pronto. No Multishow, passava Michel Teló pelo Mundo (ou algo assim...). E lá fiquei eu, presa, deitada, sem conseguir levantar e mudar de canal, vendo toda a viagem do Michel Teló. Até virei fã e aprendi a coreografia de algumas músicas. Opa...que legal, hein? Cirurgia também é cultura.

    Coceira:
    Claro que quando você não pode se coçar os lugares mais inalcançáveis coçam. E tome de coceira nas costas. Cogitava rasgar tudo que era ponto e cicatriz para poder enfiar a mão nas costas e coçaaaaaaar... Cheguei a me esfregar nas paredes... Mas nada como uma mão amiga para nos salvar. O problema é depender dos outros até para isso. Mas passa...


     Momento Cascão:
     E não poder tomar banho decentemente no calor carioca??? Na época da cirurgia nem era verão ainda, mas esqueceram de avisar à São Pedro... E tome de calor e suar. E nada de banho decente. Só da cintura para baixo e com toalhinhas. Imaginem como eu fiquei cheirosa. Em compensação, assim que pude, o primeiro banho foi o melhor da minha vida. Acho que sequei o Guandu. E lavar o cabelo? Nossa, melhor momento da vida. Quase tão bom quanto se coçar e espirrar quando se dá vontade!


    Momento Cascão II:
    Por falar em lavar cabelo... Foram 15 dias sem lavar o cabelo com água. No final, povo já estava falando que meu  cabelo estava brilhante, perguntando o que eu tinha feito... Era "sebo" mesmo! Óteeeeeeeeeemo! Lavei com shampoo (não consigo escrever xampu... Preconceito mesmo! Odeio X!) sem água. Fica lindo: um talco branco... E tome de escova para tirar o pó branco. Resumindo! Nada como a água. Mas fica a dica para quem estiver com esse probleminha!

     Momento Paninhos:
     Já viram que fiquei meio paranóica com limpeza, né? Então virei a fã número um de paninhos. Sabe aqueles de bebê? Comprei dos mais variados cheiros e passava que nem uma louca pelo corpo inteiro. Comprei um para o rosto, desses de tirar maquiagem e passava frequentemente. Fora o "pererecator"... Mais uma vez, nada como a água...

     Momento soninho:
     Só podia dormir de barriga para cima. Vai dizer isso para mim mesma quando estou dormindo. Para evitar que acordasse totalmente de barriga para baixo, coloquei aqueles trecos para pescoço que usamos para viagens de avião, travesseiros dos lados e fui feliz... Beeeem, feliz, feliz eu não fui... Massss...

     E chega... Nem eu estou me aguentando mais! :) Muuuuitos beijos!!!!!
   

      

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Ano novo... Vida...Nova!!!

    Olá, meninas!!!!!

     Estava sumida, né??? Mas é que estou tentando me comportar dessa vez e evitar mexer no computador. Tenho acessado, mas só do tablet. Até conseguia escrever nele, mas de um tempo para cá, o blogger resolveu se revoltar e não deixa mais... Então, o que me restou foi ligar o note. Precisava dar notícias, né?

     Beeeem, e mais um ano começou. E eu fico mega hiper master feliz. Adoroooo festa de Ano Novo! Sei que podem dizer que é apenas mais um dia, mas eu sou dessas pessoas bestas que acha que tudo vai ser diferente, que isso significa mudança, aproveito para repensar o ano que passou e planejar muuuuuito o ano que vem pela frente. Se bem, que posso ser sincera? Nem planejo mais nada. Tô mega Zeca Pagodinho: "Deixa a vida me levaaaar, vida leva euuuu..." E penso por alto nas coisas que eu quero para o ano seguinte. Tenho uma vaga ideia do rumo que eu quero dar à minha vida, mas planos, planos mesmo... Só de que terei saúde. Esse é meu maior pedido na virada do ano. O resto tem jeito.



     E é isso. Quando a gente for planejar o que quer da vida, planeja. Claro, a vida é feita de sonhos e planos. Se a gente não pensar no que quer para frente, acho que fica parado. Mas a vantagem de ter passado por um perrengue bombástico é que a gente sabe que se os planos não forem exatamente do jeito que pensamos, a vida segue. Para tudo na vida há um jeito. Só uma coisa não tem... E essa nem queremos por perto. E saúde para todas!!! Tim, tim!!! (por que será que o brinde que fazemos é: "Saúde!!"? - sábios não????)

     Muuuuitos beijos!!!!!!!!!!